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Analise KOF 98 UM

Pancadaria quase estrita para os fãs chega ao PS2 com fórmula clássica e visual datado.
Na década de 1990, o universo dos videogames foi bombardeado por excelentes jogos de luta. Um exemplo clássico é o lendário Street Fighter II, lançado em 1991, que simplesmente revolucionou o entretenimento eletrônico. Cerca de três anos depois, chegava seu concorrente pelas mãos da SNK, atual SNK Playmore. Trata-se de The King of Fighters ’94, game que trazia um estilo similar ao rei da Capcom, mas contava com diferenciais que originaram uma rivalidade entre os dois games.

Tradição nos arcades e consoles Com a chegada deste game, o público aficionado pela pancadaria se viu dividido. Alguns eram fãs de Kyo, um dos lutadores principais de KOF (King of Fighters), enquanto outros não largavam Ryu, responsável pela fama de Street Fighter II. Mas, não há como negar a influência de SF em alguns dos personagens do game da SNK, já que alguns dos membros de desenvolvimento da equipe eram, previamente, empregados da Capcom.

Felizmente, o KOF conseguiu estabelecer uma base de fãs fiéis o suficiente para originar novas iterações à franquia. Posteriormente, diversos outros jogos da série chegavam aos consoles, mantendo alguns dos personagens e trazendo novos guerreiros e possibilidades.

Combinando sucessos

A grande sacada da SNK em relação ao game foi introduzir diversos personagens de outros jogos de sua responsabilidade, como Fatal Fury, Art of Fighting, e lutadores revisados de Ikari Warriors e Psycho Soldier. Com esta incrível compilação, a empresa acabou chamando a atenção de fãs de diversos jogos distintos, e, teoricamente, todos os jogadores teriam alguma familiaridade com o game.

Outro fator interessante é o uso de equipes. Ao contrário de Street Fighter II, em que o jogador escolhe um personagem e luta até três rodadas com o mesmo, King of Fighters permite que o gamer escolha até três lutadores diferentes para batalhar, criando seu próprio time e lutando alternadamente.

Recentemente, a SNK Playmore resolveu reviver um dos melhores jogos da franquia: King of Fighters ’98. O game, lançador originalmente para DreamCast, PlayStation, Neo Geo e fliperamas, trazia uma fórmula bem similar ao seu antecessor, KOF ’97, e também alguns personagens novos.

Agora, quem recebe o jogo, que já conta com mais de dez anos de vida, é o PlayStation 2. Intitulado King of Fighter ’98 Ultimate Match, o jogo ainda mantém toda a tradição que foi responsável pela consolidação da franquia, adicionando alguns elementos sutis à versão. Um jogo sólido, preso ao passado e atendendo às simples exigências dos fãs de carteirinha da franquia, mesmo sem contar com um polimento equivalente aos jogos do gênero da atual geração.
As pequenas novidades

Se você é um dos guerreiros que acompanha a saga desde o início, se lembrará que King of Fighter ’98, o original, foi o primeiro jogo a fornecer acesso a todos os personagens da franquia, sem uma história para gerar conflitos impossíveis (personagens que já morreram enfrentando rivais, etc.).

Em Ultimate Match ’98, os visuais das interfaces foram levemente aprimorados e alguns novos personagens foram adicionados à mistura. Dentre eles, está o famoso Gesse Howard e o poderoso Goenitz, além de diversas outras versões de personagens existentes.

Fora isso, o jogo também permite que você selecione entre três Command Modes diferentes, que são, basicamente, o estilo de lutas de cada um dos lutadores dentro do ringue. Originalmente, as únicas opções eram a Extra e Advanced. Na nova versão, você também conta com a opção Ultimate, que permite aos jogadores uma personalização do comportamento de seus lutadores, selecionando atributos oriundos dos Command Modes Advanced e Extra e combinando-os.Cada um dos modos conta com suas características, e cabe a você selecionar qual deles irá utilizar. No modo Advanced, seus personagens correm quando você pressiona rapidamente para direita ou para esquerda no direcional. Contudo, no Extra Mode, isso fará com que seus lutadores saltem para frente.

Mas, além dos movimentos, também é possível escolher a maneira de como sua barra de poder será preenchida — que pode ser carregada com golpes ou manualmente. Fora isso, também é possível realizar manobras de evasão. Tudo pode parecer relativamente complicado, mas, em game, a fórmula é simples e eficiente, ampliando as estratégias dos jogadores. Sem dúvidas, uma boa chance para os veteranos calibrarem seu estilo de luta.

Infinidade de lutadores

Contudo, se você é um novato em King of Fighters, também ficará surpreso, afinal, são mais de 60 retratos de lutadores que podem ser selecionados. Para embarcar no clima da pancadaria, o game oferece um belo modo de treinamento, em que é possível programar determinados comandos e utilizá-los para facilitar o processo.

Fora este modo, há também o Arcade, Single Play, Endless e Challenge, combinação que amplia o tempo de vida do game. Basicamente, o modo Arcade permite que você jogue com seus times de até três personagens, enquanto o Single Play dá acesso à apenas um lutador por briga.Endless é similar ao Survival de outros games, no qual o único objetivo é, literalmente, lutar até a morte. Challenge oferece algumas missões com objetivos específicos, como evitar agarrões, por exemplo. Neste modo, é bem provável que você se sinta perdido se não for um veterano na franquia, pois alguns golpes necessitados não são exemplificados, e isto dificulta as missões.

Outro fator que desaponta é o visual extremamente ultrapassado. A idade do game se torna explícita quando ligamos o console. Personagens com visuais carentes de detalhes, bem longe da atual alta-definição, e ambientes simples. A SNK poderia ter redesenhado os personagens, pois isto tornaria o game mais agradável aos olhos. Além disso, a trilha sonora é extremamente repetitiva e exala sua idade em termos técnicos.

O bom e velho King of Fighters

Por outro lado, a variedade de personagens possibilidade que jogadores confiram o carisma de cada um dos lutadores. É incrível notar a diferença entre cada um deles. Praticamente não existem personagens genéricos, com os mesmos golpes ou até mesmo vozes. A animação também é convincente, e alguns ataques realmente chamam a atenção. Há ainda um disco extra, repleto de vídeos e papéis de parede relacionados ao game.

Em suma, Ultimate Match é uma combinação de personagens, movimentos e modos que já habita o mundo dos games há décadas. Se você já jogou alguns dos jogos da série, provavelmente não sentirá nenhuma diferença gritante nesta versão. Além disso, o grau de dificuldade é relativamente alto, principalmente quando comparado aos games casuais. Enfim, Ultimate Match é um game exclusivo para os fãs de carteirinha de The King of Fighters.